Recebo em meu consultório muitos pacientes que sofrem com as indesejáveis espinhas. Não é uma doença grave que possa causar incapacitação ou levar à morte, porém, seu impacto psicológico pode ser marcante, principalmente porque atinge predominantemente adolescentes e jovens adultos. Nesta fase da vida, a aparência e a aceitação social são muito importantes, e casos graves de acne podem até levar à depressão.
Não há um tratamento único para acabar com cravos e espinhas que sirva para todos os casos. Em geral, a combinação de mais de um tratamento é a escolha recomendada.
Para a doença de grau mais leve, recomenda-se cremes para controle de oleosidade, limpeza da pele e outros tratamentos à base de antibióticos que devem ser receitados por uma dermatologista. Este tratamento deve desobstruir os poros, controlar a oleosidade e impedir o desenvolvimento de bactérias.
Já para acne mais grave, a cada dia, a ciência tem apontado caminhos para a cura. Após vários estudos científicos multicentricos ao redor do mundo, sabe-se hoje que a Isotretinoína, comercialmente conhecido como Roacutan, é a droga de escolha para o tratamento desse tipo de acne, exceto para um grupo restrito de meninas com alterações hormonais, como por exemplo, a síndrome dos ovários policísticos.
Apesar de ser uma das opções mais utilizadas hoje em dia, seu uso só é indicado quando o paciente já tentou outras alternativas de tratamento para a acne, sem sucesso. Isso porque o Roacutan é um medicamento forte, que pode inclusive causar malformação fetal ou aborto, caso seja utilizado durante a gravidez.
Importante reforçar que soluções caseiras não resolvem e podem ainda agravar o quadro da doença. Quanto mais precoce se iniciar o tratamento dermatológico menos chances de cicatrizes (físicas e emocionais) e manchas na pele. O tratamento só será eficaz na cura da acne, se existir perseverança e disciplina do paciente, aliado ao acompanhamento mensal de uma dermatologista.
Livre-se das espinhas e tenha uma pele mais saudável.