Um dos principais tormentos dos adolescentes, as espinhas e os cravos também podem surgir nos bebês. A chamada acne neonatal atinge de 20% a 30% dos recém-nascidos, mas não deve ser motivo de preocupação. Na maioria dos casos, o problema desaparece espontaneamente, sem a necessidade de tratamento.
Os cravos e espinhas costumam aparecer entre a terceira e a quarta semanas de vida, geralmente nas bochechas e no queixo. A dermatologista Ana Elisa Kiszewski Bau explica que o distúrbio está relacionado a um aumento da sensibilidade da glândula sebácea do bebê aos hormônios maternos (que circulam no recém-nascido durante as primeiras semanas de vida), mas também pode ter como causa a produção de hormônios pelo próprio organismo da criança.
A acne neonatal não requer tratamento. Ela desaparece sozinha ao longo dos dias e não deixa cicatrizes. Já a acne infantil, que costuma surgir a partir do terceiro mês de vida da criança, é mais persistente e exige acompanhamento médico. Segundo a dermatologista Juliana Fonte, há três fatores que podem desencadear a acne infantil: alterações hormonais, excesso de oleosidade da pele e obstrução das glândulas que produzem gordura.
Espremer pode disseminar a infecção
Para tratar a acne infantil, as dermatologistas Ana Elisa e Juliana aconselham evitar o uso de cremes e óleos e lavar as áreas afetadas uma vez ao dia com um sabonete infantil. Se isso não for suficiente para o desaparecimento das lesões, os pais devem levar o bebê para a avaliação de um especialista. Nem pense em tentar espremer cravos e espinhas, pois você pode disseminar a infecção para outras áreas da pele.
Em geral, o tratamento consiste na aplicação de um gel com antibiótico durante algumas semanas. Outros medicamentos podem ser utilizados em casos mais resistentes, sempre em concentrações e dosagem adequadas para a faixa etária.